O que você admira na cultura gastronômica capixaba?
Acho que devemos aprender muito com os europeus, valorizar as tradições utilizando pratos típicos. Mesmo se tiver que dar outras interpretações contemporâneas, mas usando os utensílios, de forma manual, fazendo o gestual. Admiro muito o trabalho das paneleiras, em Goiabeiras, e das desfiadeiras de Siri, Ilha das Caieiras, pois ali se vê o gestual, que não podemos deixar morrer. No exterior, as tradições passam de pai para filho e dura anos...
Como vai este segmento hoje, no Brasil?A gastronomia brasileira tem que aproveitar estes dois grandes eventos internacionais: Copa do Mundo e Olimpíadas para receber bem o turista. Mostrar o país que nós temos, mostrar a gastronomia que nós temos, pois se você mostra uma gastronomia rica e uma condição de vida razoável, você tem um turismo rico. Você não vê país no mundo que tenha um turismo forte, sem ter a gastronomia forte! A Itália, a França, a Holanda. O Brasil pode fazer isso.
E o Espírito Santo, acompanha o rítmo?
O que exatamente eles ficaram devendo?
Nós nunca tivemos uma política séria de turismo, pois não foi colocado a Secretaria de Turismo na mão de um técnico que faça uma política de turismo. Como foi feito na Bahia, com Antônio Carlos Magalhães. Como foi feito em Fortaleza e em Natal.
Lá foi feito uma política de turismo. Temos condições de seguir estes exemplos e implantar este tipo de política aqui. Estamos a 500km de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro, 1000 km de São Paulo e de Salvador. Estamos no centro, ou seja, muito mais facilidade para atrair turistas que outros estados.
Na prática, quais mudanças seriam necessária?
Precisamos de um aeroporto, precisamos de bons hotéis, precisamos de pessoas capacitadoras, como os taxistas. Você chega em Salvador e o taxista sabe tudo sobre a cidade. Muitas vezes, aqui, o taxista não sabe certos pontos turísticos.
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